Há pouco tempo postei alguma coisa sobre a síndrome da segunda-feira. Não lembro exatamente o que eu disse mas algo sobre as semanas passarem voando e eu mal ter tempo de refletir sobre isso. Também lembro de ter falado algo sobre a necessidade de sentir "saudade" da sala de aula ou pelo menos, "desejo".
Depois de um maravilhoso feriadão que só foi interrompido no sábado de manhã devido a uma aula que eu precisava dar, consigo até encontrar as forças e a motivação necessárias para começar uma nova semana. Aqui estou eu, domingo à noite, há poucas horas do início de mais uma maratona. E é justo nessas horas que eu percebo que esse é o sentimento certo: estou consideravelmente mais descansada para encarar o que vem pela frente e por isso me sinto ainda mais confiante sobre a decisão de trabalhar menos.
Estava pensando em coisas que eu gostaria de fazer durante a semana e que eu considero trabalho. Não ter tempo para fazer isso revela algo de muito errado sobre a nossa rotina de professor:
- ler algum livro da área
- começar a "xeretar" possibilidades de um mestrado na área para começar no ano que vem
- melhorar meu próprio Inglês e ampliar meu vocabulário
- analisar meus grupos de forma individual e propor exercícios específicos que auxiliem nas necessidades que eles apresentarem
- explorar outros nichos da minha área (aula de Português? tradução? revisora ou até mesmo colaboradora para uma publicação? - são respostas que só começam a surgir quando "nos damos" o luxo de ter um "tempinho livre".
Sem esse ócio, sem esse tempo vago entre as aulas vejo um grande perigo. Não acho que o maior perigo seja não conseguir respostas para os questionamentos. O grande perigo é que sem tempo, não há perguntas, não há reflexões, não há ideia do todo, não há evolução.